Viajar é sempre uma experiência renovadora, mas, para quem tem um pet em casa, o planejamento precisa ser ainda mais cuidadoso. Afinal, quem tem um animal de estimação sabe que ele é muito mais do que um bichinho: é parte da família. E quando chega o momento de viajar, surge uma dúvida comum entre os tutores: “Levo meu pet comigo ou deixo com alguém de confiança?”. A resposta depende do tipo de viagem, do perfil do animal e da estrutura disponível, tanto no destino quanto no local de origem.
Felizmente, hoje existem diversas opções seguras e confortáveis para garantir que seu cão ou gato fique bem durante sua ausência ou viaje com você com todo o cuidado necessário. Desde hotéis especializados até pet sitters, e de caixas de transporte a documentos obrigatórios para viagens internacionais, o importante é planejar tudo com antecedência.
Quando levar o pet na viagem é uma boa ideia?
Nem toda viagem é adequada para um animal de estimação, mas quando não há alternativa, deve-se levar em consideração:
- Duração da viagem: viagens curtas podem ser mais viáveis.
- Tipo de destino: locais pet-friendly são ideais (praias, casas com quintal, hotéis que aceitam animais).
- Meio de transporte: seu pet se adapta bem a carros? Avião é realmente necessário?
- Temperatura e clima: locais muito quentes ou frios podem causar estresse ou riscos à saúde.
- Personalidade do pet: animais ansiosos ou idosos podem sofrer mais com mudanças.
Como transportar seu pet e os cuidados necessários
No carro
Use cinto de segurança próprio ou caixa de transporte presa ao banco.
Faça paradas a cada 2–3 horas para hidratar, passear e oferecer comida.
Nunca deixe o animal sozinho no carro, especialmente em dias quentes. Isso pode até configurar crime e você terá que responder por isso.
Kit básico para levar na mala do pet:
Ração, potes, remédios, coleira e guia
Caminha ou manta familiar
Brinquedos e itens com cheiro da casa
Saquinhos para fezes e tapetes higiênicos
No avião
Cada companhia aérea possui regras específicas, mas, de modo geral, elas são parecidas.
Verifique se a companhia aérea aceita animais na cabine ou no porão.
Animais de até 10kg (incluindo caixa) podem ir na cabine.
- Reserva: o transporte de animais deve ser reservado com antecedência na empresa aérea, pois há um limite de carga viva por voo.
- Custos: existe um custo adicional para o transporte do animal. Esse custo, geralmente, é calculado baseando-se no peso do animal e na caixa de transporte utilizada.
- Local de voo: alguns animais podem viajar na cabine da aeronave, outros, somente no compartimento de carga. O que determina são as dimensões e o peso da caixa de trans porte. É bom lembrar que os compartimentos de carga são pressurizados, têm temperatura controlada, tal como as cabines e proporcionam relativo conforto aos animais.
- Caixa de transporte: deve ser providenciada pelo dono do animal e deve cumprir alguns requisitos mínimos para garantir a segurança e o conforto do animal durante a viagem.
- Documentos: há uma série de documentos necessários para o embarque do animal e todos eles devem ser emitidos por um médico veterinário No caso de viagens nacionais, a Anac exige que seja apresentada a carteira de vacinação atualizada e que estejam comprovadas as vacinas múltipla e antirrábica, além de tratamento com vermífugo.
Animais de serviço
São considerados animais de serviço, os cães treinados para o auxílio a pessoas com deficiência:
- Cão-guia: pessoas com deficiência visual;
- Cão-ouvinte: pessoas com deficiência auditiva;
- Cão-assistente: pessoas com deficiência intelectuais/mentais
Esses cães podem ser transportados na cabine, independentemente de seu porte, desse modo, eles não viajam na caixa de transporte, mas no chão da aeronave, ao lado do dono. O transporte desse cão é obrigatoriamente gratuito e não há limitação quanto à quantidade desse tipo de animal nos voos.
Pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou que precisem de auxílio para realizar viagens aéreas
podem solicitar assistência especial à companhia aérea.
Onde deixar seu pet com segurança durante a viagem
Se a viagem for muito longa, agitada ou restritiva para animais, o ideal pode ser deixá-lo em segurança no Brasil e existem alternativas confiáveis para manter seu pet seguro e bem cuidado
- Familiares ou amigos de confiança: Uma opção emocionalmente mais confortável (para o tutor e o pet).Sempre deixe orientações escritas sobre alimentação, remédios e contatos de emergência.
- Pet sitter (cuidador em casa): Profissional que visita sua casa 1 ou 2 vezes ao dia para alimentar, limpar e brincar com o animal. Ideal para gatos ou cães que se sentem mais seguros em seu próprio ambiente.
- Hotel para pets (pet hotel): Local especializado com estrutura para hospedagem temporária.Oferece socialização, espaço para brincar e cuidados veterinários.Revise avaliações online, conheça o local antes e veja se exigem carteira de vacinação.
Optando por levar seu pet junto na aventura ou escolhendo um local seguro para deixá-lo enquanto você estiver fora, o importante é garantir que ele esteja confortável, protegido e bem cuidado. Com organização, carinho e as informações certas em mãos como documentação, transporte adequado e opções de hospedagem confiáveis, você consegue aproveitar a viagem com a consciência tranquila e o coração leve.
